domingo, 3 de abril de 2011

Pequenos Poema e Textos por Fernando Palma

“E amanhã...Vou querer mais.
E depois de amanhã mais .
E depois mais.
E mais...E você?
Eu sei, eu sei. Eu digo que parei, mas volto. Afasto-me, fantasio superar, anuncio para Deus e o mundo que é o fim, mas volto. Eu sempre volto. Não sou tão forte como pensam, eu sei. Eu sei. Eu vou sair daqui dizendo novamente que acabou, falando barbaridades, que tudo é passado. Mais cedo ou mais tarde estarei de volta, a cabeça baixa, os lábios sedentos, garganta em nó sufocando os olhos, câimbra na língua, dedos ligeiros como forigas, apressando um nervoso que nasce no umbigo e estica até o peito, sedento do pouco ar que me resta. Eu volto. Passo mal só de pensar em você, mas não sou capaz de me libertar. Eu sei. Você é vicio barato, que da ressaca antecipada. Mas eu sempre volto.
Cara, nem queira saber. É estranho, fora do normal. Tem gente que pensa que nunca entrará nessa, quando vê já está. Bate um sentimento estranho, que rói dentro. Chega gradativamente, acompanha você nos lugares, te segue. Na rua, no trabalho, na academia. Às vezes, você está com um monte de gente, mas ela continua. Ai, o nervoso vem fácil, domina, enforca a garganta, o coração bate parecendo muros. Solidão é uma droga que lhe esvazia, acaba contigo. Parece quando você está dependente de amor. Só que é bem mais pesada."(Fernando Palma)

Não estou bem...não estou nada bem...preciso sentir pra poder acreditar!

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