domingo, 28 de agosto de 2011

Dormência

“A ansiedade de esperar por algo que você nunca na verdade poderá me dar me faz pensar que vou me corroer por dentro até meus ossos ficarem gastos. Não posso esperar mais nada de alguém que gritou tantas mentiras, que até me fez acreditar nelas. E toda vez que olho nestes seus olhos de promessas, minha alma já está tão desgovernada que não sabe se chora, se ri, se está bem ou não. Acho que isto chama-se dormência. Sabe quando você cansa de ser ferida? Sabe quando aquele que você mais ama é capaz de impiedosamente cravar um espinho em sua vida? As costelas se quebram, os órgãos ardem em solidão, em noites de penumbra e frio. E então você vai desmanchando-se em dor. Mas é uma dor misturada com tédio. Aí vem aquele famoso "sentimento": DORMÊNCIA!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário